Sabe aquele item que seu filho tem um apego enorme e leva para todo canto? Esse é o chamado objeto de transição e tem uma grande importância em seu desenvolvimento emocional.
Essa relação aparece no primeiro ano de vida e traz a sensação de aconchego e segurança para a criança. O objeto ajuda no processo de perceber-se como um ser diferente da mãe (segundo especialistas, nos primeiros meses o bebê acredita que a mãe é uma extensão dele, os dois são uma coisa só).
O item em si pode ser uma fralda de boca, um paninho, um ursinho de pelúcia ou até uma parte do corpo. Seria a representação materna nos momentos em que a criança está sozinha, como a hora de dormir ou mesmo quando a mãe se ausenta por outros compromissos.
Eu ofereci para a Helena cedo e ela rapidamente se apegou. O objeto é sempre escolhido pela criança, mas os pais podem estimular determinado item deixando-o próximo ao bebê no berço.
Uma boa dica que recebi e usei, foi passar um pouquinho de leite no item e sempre posicionar essa parte próximo ao nariz do bebê (o cheiro é mais uma forma de reconhecimento). Depois que ela já estava apegada eu lavei e não precisei passar mais.
Outra observação valiosa é pensar na reposição. Assim que o bebê adotar seu objeto de transição, compre outro idêntico, assim você fica com dois em casa e pode revezar tranquilamente para lavar ou até deixar um na bolsa de passeio (eu troco sempre e ela nem percebe).
O desligamento do objeto de transição costuma acontecer naturalmente entre os 3 e os 5 anos de idade. Os pais precisam observar se a criança está deixando de participar de brincadeiras coletivas para estar com o objeto de apego ou se só realiza atividades se estiver agarrada a ele. Nesse caso o item passa a atrapalhar o desenvolvimento da criança e um acompanhamento se faz necessário.
Saiba que algumas crianças simplesmente não precisam dos tais objetos de apego, muitas vezes a criança encontra outros mecanismos de acalmar-se sem que nada externo seja necessário.